Breve história de um protoniilista

Era um garoto com muitos sonhos, muitos desejos. Ele realmente queria ser alguém.

Um belo dia esse garoto foi apresentado para um monte de ideias coletivistas. Ele as achou fascinantes. Os ideais de justiça social, a ideia de um mundo totalmente novo, sem miséria e sem classes fez os seus olhos brilharem.

Mas aí ele viu que um mundo assim cortaria muitas liberdades individuais. Também percebeu que um Estado que intervisse excessivamente na vida do homem poderia ser algo não muito legal, então resolveu adotar outras ideias para a sua vida.

Eis que esbarrou com a ideia de mundo sem Estado algum. Era sensacional? Lógico. Inovador, subversivo, transformador. Mas espere: se o mundo com força coerciva está assim, imagina sem?

Isso não pareceu muito viável. Não naquele momento. Não no mundo em que ele vivia.

Eis que chegaram uns caras que pretendiam cortar o Estado. Diziam que a força da mudança no mundo se encontra nas pessoas (o que não deixa de ser uma verdade).

Seus ideais construíram uma sociedade, mudaram o mundo. Parecia interessante, mas sem um Estado regulando a economia vez ou outra algo daria errado. Mudou de ideia novamente.

Eventualmente, ele percebeu que esses homens perdiam muito tempo brigando no campo das ideias e fazendo uma mudança real no mundo.

Eventualmente, ele percebeu que a maioria desses homens estava mais preocupado em massagear o ego do que mudar a sociedade em que eles viviam.

Eventualmente, ele perdeu a fé na maioria da humanidade e viu que estaríamos ferrados de qualquer maneira.

Eis que, após aquele momento, ele percebeu que poderia tornar o seu caminho até a destruição menos ruim, menos doloroso.

Naquele momento ele abandonou os homens que muito falavam e tratou de melhorar, na medida do possível, a vida daqueles que esbarrassem com ele durante a sua jornada.

Publicado por guilhermehmds

Guilherme gosta de História, de discutir, de estudar, de Formula 1 e de batata. Guilherme adora uma batata.

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